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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Toyota Bandeirante


Toyota Bandeirante ou Bandeirante é um modelo de automóvel de tração nas quatro rodas da montadora japonesa Toyota, sendo encontrado como jipe curto ou longo, picape e caminhão pequeno.
Em outros países também é conhecido como série J4 da linha Land Cruiser. Foi montado no Brasil, inicialmente ainda sob o nome Land Cruiser FJ-251 (Série J5), a partir de 23 de janeiro de 1958.
Assim, o Land Cruiser brasileiro passou a ser a série J5, em contraste à série J4 japonesa. Mas a série J5 que designa o Land Cruiser brasileiro não pode ser confundida com a série J5 do Land Cruiser japonês, um Station Wagon (perua longa com quatro portas que nos anos 60 foi produzida principalmente para o mercado norte-americano, onde obteve um considerável sucesso).
A fabricação do Bandeirante no Brasil foi nacionalizada a partir de maio Maio de 1962. A produção só se encerrou em Novembro de 2001. Nesse período, o mais longo que um mesmo modelo de automóvel já teve de produção no Brasil, foram montadas 103.750 unidades.
É conhecido pela sua robustez e capacidade de se deslocar em terrenos desfavoráveis aos automóveis de passeio. De 1958 a 1962, foi equipado com o motor 2F da Toyota, um 4.0 de baixa rotação a gasolina, com 6 cilindros e que desenvolvia 110 cv a 2.000 rpm. Logo se viu, porém, que a gula por gasolina desse motor diminuia o alcance do veículo excessivamente, tornando-o inviável para o interior brasileiro daqueles anos. Assim, com a nacionalização da fabricação em 1962, o modelo foi renomeado Toyota Bandeirante e equipado com o motor OM-324 (algumas fontes afirmam o motor ter sido um OM-326) da Mercedes-Benz, um 3.8 a diesel com quatro cilindros que desenvolvia 78 cv a 3.000 rpm e que rendeu o apelido de "Britadeira" ao veículo. Em 1973, o OM-324 foi seguido pelo OM-314, também da Mercedes-Benz. O OM-314 é um 4.0 de quatro cilindros a diesel que desenvolve 85 cv a 2.800 rpm. Esse motor ficaria até 1990, ano em que foi substituído por outro motor Mercedes-Benz, o OM-364. O OM-364 é outro 4.0 a diesel, mas cuja potência é de 90 cv a 2.800 rpm. Foi por causa dos motores OM da Mercedes-Benz que a linha Bandeirante de 1962 a 1994 seria chamada de série OJ5. Mas o ano de 1994 marcaria o fim dos motores da Mercedes-Benz. Naquele ano, o Bandeirante passou a ser equipado com o propulsor Toyota 14B, um 3.7 com quatro cilindros, sempre a diesel, que chega a 96 cv a 3.400 rpm.
Quanto às versões do Bandeirante, eis a relação:
1958: FJ-251 (jipe aberto)
1961: FJ-151L (jipe com lona; "conversível")
1962:OJ-50L (jipe com lona; "conversível")
1963: OJ-50LV (jipe fechado)
1962: OJ-50LVB (perua fechada)
1963: OJ-55LP (caminhonete curta)
OJ-55LP (pequeno caminhão curto)
OJ-55LP-B (caminhonete longa)
OJ-55LP-2B (pequeno caminhão longo)
OJ-55LP-2BL (caminhonete de cabine dupla, duas portas)
1999: OJ-55LP-2BL (caminhonete de cabine dupla, quatro portas)

De modo geral, o Bandeirante sofreu poucas mudanças ao longo de sua fabricação.
Muito ultrapassado em termos de design quando da época do Plano Real, a onda de importações abalou suas vendas em especial por causa do Land Rover Defender.
Como o veículo não atenderia às normas brasileiras de emissão de poluentes que entrariam em vigor a partir de 2002, sua montagem foi encerrada pela Toyota do Brasil. A cerimônia de encerramento da produção do Bandeirante ocorreu na montadora instalada em São Bernardo do Campo no dia 28 de Novembro de 2001 e contou com a participação de cerca de 500 funcionários da empresa.

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